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Harley Davidson - Modelo 10f a era de ouro

Postado Por: Fábio As segunda-feira, 16 de setembro de 2013 | 08:20






















Quem em 1° de janeiro de 1914 afirmasse que, ao final desse ano, uma linha de trincheiras se estenderia da costa belga do canal ate a fronteira da suíça, certamente seria declarado louco – especialmente nos EUA.
Enquanto a Europa já se faziam tímidas tentativas de motorização das tropas – e as motocicletas eram estudadas como portadoras moveis de metralhadoras, o exercito norte americano ainda se encontrava nas mesmas condições que nas ultimas guerras contras os índios: a cavalaria montava os mesmos cavalos contra os bandidos mexicanos de pacho villa e contra touro sentado e cavalo doido.


Somente em 1916, uma expedição contra villa iria testas a utilidade dos veículos motorizados. A esta altura as partes aguerridas na Europa já estavam adiante: os tiros em Saravejo em junho se entenderia num conflito mundial que também iria modificar para sempre os EUA. No ano 10 da sua existência a Harley Davidson Motor Company se alegra com uma clientela em expansão crescente. É a era de ouro das motocicletas nos EUA, pois nem o modelo T produzido pela Ford consegue competir com as vendas totais apresentadas pelas grandes marcas de motocicletas dos EUA: entre 60 e 70 mil unidades foram produzidas nesse ano e entregues ao publico. A Inidian é a maior fabricante de motocicletas do mundo em 1914.

O modelo 10F, ao preço de 285 dólares, era a top-model da linha de produtos Harley Davidson – e no ano de construção dos modelo de 1914 foram produzidas 7.956 unidades. Embora hoje 285 dólares sejam um risíveis, é preciso considerar o contexto da época onde em 1914 o trabalhador da indústria recebia 2 dólares e meio por dia. E isso, num dia de trabalho de 10 horas. Era 1914 quando Henry Ford dobrou com alarde esse salario de fome -  inclusive porque assim os trabalhadores também poderiam comprar para si os carros por eles montados. Dessa forma, uma Harley Davison 10F Passou a custar, a partir dai, o correspondente a apenas 57 dias de trabalho. Sob o aspecto técnico, não mudou muita coisa no motor F-Head desde a sua introdução em 1911- o avanço residia no acabamento e nos detalhes: o deslocamento havia sido elevado para 61 polegadas cubicas/ 988cc e a potencia ligeiramente melhorada. Em 1914, ocorreu na Harley Davidson a introdução do pedal de partida, os pedais de bicicleta foram substituídos por sólidos estribos escamoteáveis que aumentavam consideravelmente o conforto de conduzir. A transmissão primária é coberta com uma proteção de chapa e o cambio de duas velocidades aproveita o melhor a potência proporcionada pelo motor. A embreagem e o freio eram servidos por pedais, o que logo seria posto a prova no transito urbano: em Cleveland/Ohio, também a terra de vários fabricantes de motocicletas, foi instalado o primeiro semáforo em um cruzamento.
Outras partes da motocicleta eram agora produzidas pela própria Harley Davidson, ao invés de serem compradas. Inclusive os cubos das rodas e o recém desenvolvido freio a tambor, que por  meio de sapatas internas aplica a pressão de frenagem para fora: o funcionamento dos freios foi visivelmente melhorado – o que era prementemente necessário frente ao transito urbano das grandes cidades.

Mesmo quando o cinza-Renault dessa moto já foi quase substituído pelo tom de ferrugem, se olhar para a moto que esta no museu da Harley Davidson, é possível reconhecer as linhas decorativas traçadas à mão – e reabre-se a polêmica: estado original ou restauração? O que para um observador não passa de um inútil monte de ferrugem sem valor, para um autentico entusiasta aparece como o suprassumo em termos de autenticidade. Na mesma medida em que o fator ferrugem valoriza, a pintura original e as linhas ornamentais também se traduzem, mais um vez, em preço. Com o crescente distanciamento no tempo além disso torna-se cada vez mais difícil descobrir uma Harley Davidson em estado original – o que é mais importante, as “descobertas em depósitos” dos anos 1970 e 1980 tendem mais ou menos a manter o estado original as motocicletas encontradas, em vez de “restaurá-las inteiramente”. Quem se pode declarar proprietário de uma 10F nas condições originais e sofridas de um século de historia da motocicleta, não precisa ter nenhum a preocupação por causa da ferrugem. E com acessórios, a maquina só pode ficar mais valiosa! Se a peça nesse estado também funciona, tanto melhor! Em geral, vale a regra: quanto mais peças originais contemporâneas estiverem mantidas num clássico, tanto mais valiosa sua condição. Sempre se pode restaurar a maquina- mas o estado original existe apenas um a vez.


Dados técnicos Modelo 10F (1914)

Chassi: Quadro tubular de aço polido rígido
Garfo: Molas helicoidais
Motor: V2 Refrigerado a ar, IOE admissão sobre ignição a magnet, cambio de 2 velocidades no cubo traseiro.
Cilindros: 2,45° ângulo dos cilindros
Deslocamento: 60,34 polegadas cúbicas
Potencia: Aproximadamente  10hp

Ano de construção: 1911

Escrito por: Fabio Santos  

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