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Harley Davidson - Modelo 7d evolução do V-Twin

Postado Por: Fábio As segunda-feira, 16 de setembro de 2013 | 08:07




















Na primeira década da motorização geral o avanço do desenvolvimento técnico caminhava a passos de gigante. Nos EUA o volumoso V-Twin se tornou padrão geral, já que marcas como a Indian, a Thor e a Reading-standard equipavam suas motocicletas com tais motores, para tornar as maquinas, ainda um tanto franzias, capazes de receber sidecars. Depois de vários anos de esforços infrutíferos para proporcionar um maior rendimento em potencia aos cabeçotes ainda providos de válvulas de exaustão, nenhum caminho mais passava pelo controle forçado: Fread, ou IOE – a denominação para “inlet over exhaust”- foi a resposta da Harley Davidson. Nos motores do tipo F, a válvula de admissão está localizada exatamente acima da válvula de exaustão, enquanto a vela lança as faíscas num ângulo de aproximadamente 45° entre as válvulas de exaustão. Externamente os motores F-Head podem ser reconhecidos por suas alavancas de comprimentos diferentes: enquanto a exausto é expelida diretamente por baixo, a admissão se abre por meio de uma alavanca de alternação. Os cilindros de peça única aproveitaram os avanços da técnica de fundição: a parte de cima do cabeçote do cilindro esta provida de aletas resfriadoras horizontais, enquanto as aletas verticais, em volta do escapamento, proporcionam um fluxo de ar para o resfriamento. A ignição ocorre através de uma magneto Bosh que – colocado atrás do motor – era acionado por uma sequencia sincronizada de engrenagens.  O ajuste do ponto de ignição ocorria por meio de um sistema de alavancas. Com diâmetro de 3 polegadas e curso depistão de 3 polegadas e meia, ao final, a maquina de 810cc proporcionava 6,5 hp, o que ajudava a motocicleta a alcançar perto dos 100km por hora em utilização ao solo. E isso, numa malha viária que ainda se destinava visivelmente mais a carros de boi e carruagens puxadas a cavalo, do que a veículos modernos a motor. Nos EUA, o asfalto nas estradas do interior ainda era uma palavra desconhecida nesse tempo. Assim, era nas estradas disponíveis que se revelava o a grande vantagem dos volumosos V-Twin: o torque da faixa inferior de rotação, que já,  naquele tempo, retirava as motocicletas da lama ao estilo de um trator.


Apesar dos volumosos V-Twin, o moderno 7d continua lembrando as origens como bicicleta: grande rodas raiadas e um quadro tubular de perfil estreito, sem o esquecer do selim de bicicleta. A propulsão por meio de correia move a roda traseira diretamente e  sistema de transmissão por corrente em separado. De qualquer maneira a Harley Davidson equipou a maquina na desse modelo com um controle de tensão da correia que, com o motor em marcha, também podia ser usado como embreagem. Com isso desaparecia, pela primeira vez na Harley Davidson, o quase infreável impulso que tenta levantar e recolher o suporte principal da maquina que arremete para diante com o motor ligado, enquanto a moto, já sem piloto, quer partir sozinha. A correia, de certa forma, podia ate ser regulada em varias posições fixas: pratico na chuva ou com vazamento de óleo. Para não falar do transito urbano com o o permanente pare-siga, que não deve ser esquecido, a motocicleta ainda dividia as ruas quase, exclusivamente, com veículos puxados a cavalo e bondes. Os automóveis ainda eram uma presença de exceção

O tanque redesenhado integrava os reservatórios de óleo e combustível, a lubrificação do motor ocorria mediante a perda do óleo. Os preços do óleos e os cuidados com o meio ambiente ainda não entravam em questão na época. A grande caixa de ferramentas n~~ao era nenhuma decoração: pés chatos, nas estradas ruins, obrigaram os motociclistas a cria-la- e numerosas engraxeiras no motor, na propulsão e nas juntas, abriam-se para receber fluido lubrificante. Com as ferramentas de bordo, o motociclista podia desmontar praticamente todas as partes da motocicleta para reparos, quase se tratava de reparar as partes de metal, o ferreiro mais próximo tinha de intervir também.  O ano de 1911 foi importante na historia da empresa Harley e Davidson pois diante do continuado “Boom” de motorização, a administração se decidiu por uma nova expansão na Juneau Avenue: com um credito bancário de Marshall e Isley, foi lançada a pedra fundamental para o significativo aumento das instalações de produção. Enquanto em 1911 ainda trabalhavam na Harley Davidson  481 empregados, no ano seguinte estes já somavam 1076! O numero de motocicletas produzidas, em comparação, caiu de 6.625 em 1911 para 3.852 em 1912, provavelmente  por causa das providencias de ampliação, pois já em 1913 a Harley davison produziu bem acima de 10.000 motocicletas. O “boom” das motos nos EUA estava a caminho de seu próprio clímax -  e a Harley Davidson saia com sucesso à caça de clientes: “A maquina mais confiável, mais econômica, mais confortável e mais fácil de acionar no mercado”, louvava o folheto – e com isso, tinha por alvo, principalmente os comerciantes que deveriam utilizar as motocicletas para as entregas de mercadorias.

Dados técnicos Modelos 7d (1911)

Chassi:  Quadro tubular de aço polido, rígido.
Garfo:  Molas helicoidais
Motor:  V2 refrigerado a ar, IOE admissão sobre exaustão, transmissão por correia de couro, ignição a magneto
Cilindros:  2,45° ângulo dos cilindros
Deslocamento:  50 polegadas cubicas
Potencia:  Certa de 7 hp

Ano de construção :  1911


Escritor por: Fabio Santos

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